Já estamos chegando na reta final da nossa preparação. Neste vigésimo sétimo dia, terceiro dedicado a conhecermos melhor Jesus, vamos ver a importância da submissão. Sim! Na submissão a Maria cresceremos com Cristo. Jesus, como diz as Sagradas Escrituras, foi submisso a Maria.
Como Deus pode se submeter a uma criatura? É só lembrarmos que o próprio Deus se humilhou ao extremos por amor a nós. Deus se fez carne para nos resgatar e nos dar o exemplo de como chegar ao Céu. Por isso que ele se fez homem. A melhor forma de ensinar (e evangelizar) é pelo exemplo, isso ouvimos o tempo inteiro. Jesus é o nosso exemplo máximo.
EVANGELHO, ORAÇÕES E JACULATÓRIA
Já fez as orações do Tratado para este terceiro dia da Terceira Semana de preparação para Consagração a Nossa Senhora? Acredito que sim, não é? Acredito também que muitos que estão nessa caminhada de Consagração a Nossa Senhora comigo já siga a Mariale Scholae no Instagram.
Então, creio que muito já tenham refletido um pouco o Evangelho proposto para hoje. Acredito também que muitos já tenham feito a Oração e a Jaculatória que direi logo abaixo.
O Evangelho é o de São Lucas, Capítulo 2, Versículos do 39 ao 52. É o famoso Evangelho da perda e reencontro com Jesus no Templo. O Evangelho de hoje é riquíssimo e voltaremos outras vezes a ele, mas hoje quero me ater apenas no tema “submissão”. Refletir que é na submissão a Maria que cresceremos com Cristo.
Oração: Jesus, quão amável é Maria, vosso tabernáculo. Nela queremos receber o socorro necessário para adiantarmos nas virtudes, até nos elevarmos à perfeição. Maria Santíssima, Mãe amada do nosso coração, desejamos viver em Vós, agora e por toda a eternidade. Amém!
Jaculatória: Maria, verdadeira habitação de Deus e Porta do Céu, socorrei-nos!
VAMOS COMEÇAR PELA SUBMISSÃO
“Submissão” é uma palavra que tomou uma conotação muito negativa. As falar em “submissão” nos vem logo em mente a exploração, a opressão, a humilhação pejorativa. Só de ler ou ouvir esta palavra já nos faz levantar o escudo e nos fecharmos em nós mesmos.
Tudo isso é porque estamos em um mundo manchado pelo pecado, que reina a vaidade, a ambição, a vanglória e a soberba. Então temos essa tendência de querer dominar aqueles que são submissos para nos sentirmos elevados.
Se olharmos, porém, a submissão sob a ótica do amor, poderemos ver o quanto ser submisso pode ser benéfico. Inclusive para que possamos crescer nas virtudes.
SER SUBMISSO, OBEDECER

Ora! Vamos pensar de agora em diante sob a ótica do amor. Ou seja, sabemos que aquele ao qual nos submetemos nos ama imensamente e quer o melhor para nós. Sendo este o próprio Deus, não há o que temer, não é?
Como temer aquele que nos ama abundantemente, sabe de tudo, é o Senhor do Tempo e da História. Como podemos temer se submissos a Aquele que é o Senhor de todas as coisas e seu poder é ilimitado? Muito pelo contrário, deveríamos nos jogar em seus braços.
E se esse próprio Deus quis se fazer submisso, como temer a quem Ele se submeteu? Na dinâmica do amor, sob o olhar do amor, a submissão gera um ciclo virtuoso de obediência e crescimento.
VAMOS PARA O EVANGELHO?
O Evangelho deste vigésimo sétimo dia de preparação a consagração a Nossa Senhora já começa falando de obediência e submissão, de cumprimento da Lei do Senhor.
“Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor”, é exatamente assim que começa o Evangelho. Mas, também, o Evangelho nos ensina que essa obediência, essa submissão, não pode ser cega, que ter ser com os olhos sempre fixos em Jesus. Ser submisso sim, mas sem tirar os olhos de Cristo para não O perdermos.
JESUS, MARIA E JOSÉ, EXEMPLO DE SUBMISSÃO NO AMOR
Há uma coisa intrigante nessa “hierarquia” de submissão. Reparou como no amor o maior de todos é o mais submisso? E que o menor é o que os maiores se submetem? Jesus era submisso a Maria que era submissa a José.
No amor verdadeiro, até o próprio criador se submete à criatura. O maior se submete ao menor. Cabe lembrar que José era submisso a Deus. Foi por obediência que ele recebeu Maria como sua esposa. Maria, obediente também a Deus, disse seu sim se fazendo “escrava do Senhor”. E Maria, como esposa, no amor, era submissa a José. Ambos submissos a Deus. E Deus quis se fazer submisso a eles.
CRISTO CRESCEU NA SUBMISSÃO A MARIA

O Evangelho começa com a obediência dos pais de Jesus a Deus e o Cristo que crescia nessa submissão. O mesmo Evangelho termina de forma parecida, também com o crescimento do Cristo submissos aos pais.
Trocando em miúdos: Os pais por serem obedientes a Deus, o Cristo, “o menino crescia, ficava forte e cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”.
“Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré e era-lhes submisso. (…) E Jesus ia crescendo em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens”.
Na submissão a Maria (e a José, a quem Maria era submissa) cresceu o Cristo. Reflita muito a frase a seguir:
Por se submeter a quem se submeteu a si, o submetido cresceu com a submissão e a quem este se submeteu também se submetia ao submetido.”
NA SUBMISSÃO A MARIA CRESCEMOS COM CRISTO
O Cristo, como disse no início, é Deus que se fez carne para nos Salvar, nos dando o exemplo também. Se o próprio Cristo cresceu com a submissão a Maria, na submissão a Maria cresceremos com Cristo. Não só cresceremos com Cristo, mas como Cristo.
Submissão é sinal de humildade e o maior aos olhos de Deus é o mais humilde. Essa é a lógica do Céu. Mas essa submissão não pode ser cega. A submissão tem que ter os olhos fixos em Jesus para não perde-Lo.
Na submissão a Maria cresceremos com Cristo, porque o próprio Cristo quis crescer sendo submisso a Maria. Ou seja, o Cristo está com Maria. Sempre! São inseparáveis!
PROPÓSITO
Reflita a frase em destaque acima para tentar melhorar o entendimento do mistério da submissão na dinâmica do amor.
Hey,
o que você achou deste conteúdo? Conte nos comentários.